A retirada dos veículos de fiscalização eletrônica conhecidos como “carro espião” praticamente não teve impacto no número de multas de trânsito aplicadas na Área Azul de Americana. Nos dois primeiros meses após a mudança, determinada pela prefeitura, o número de autuações caiu apenas 0,3%.
Segundo a assessoria de imprensa da administração, foram registradas 3.491 infrações às regras de estacionamento rotativo entre os dias 5 de junho – quando a empresa responsável pelo sistema encerrou o uso do carro – e o dia 5 de agosto. No mesmo período do ano passado, esse número foi de 3.502.
Equipado com câmeras OCR (sigla em inglês para Leitor Óptico de Caracteres), os carros trafegavam pela região Central fazendo a leitura das placas dos veículos estacionados. Se houvesse irregularidade em relação ao pagamento da tarifa – seja falta de pagamento ou uso além do período pago – uma autuação era registrada.
Para evitar a multa e o registro de pontos em sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação), o usuário poderiam pagar em até 72h a chamada “tarifa de pós-utilização), que é de R$ 25.
Com a retirada dos carros, houve reforço no número de fiscais a pé, com um número mínimo de um profissional a cada 90 vagas. Todos eles, além de registrar irregularidades, também fazem a venda dos tickets. Além disso, foram implantados 16 pontos de venda no comércio e um ponto fixo, no Calçadão.
Em nota, a Prefeitura de Americana afirmou que as mudanças foram positivas para a população e para o comércio. “A Secretaria de Desenvolvimento Econômico avalia como positivo o resultado das mudanças, uma vez que as reclamações que existiam deixaram de acontecer, tanto da população, como dos comerciantes e da Associação Comercial e Industrial de Americana. Isso demonstra que as medidas adotadas foram acertadas e conseguiram proporcionar as melhorias que eram necessárias para o serviço de estacionamento rotativo do município”, diz o texto.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Acia também comemorou o resultado das alterações no serviço de Área Azul em Americana. “Acia pediu mais agentes na rua e que motoristas fossem notificados por escrito, evitando a aplicação das multas. A saída do carro com câmeras era uma antiga reivindicação. Muitas pessoas enfrentam dificuldades para acessar o equipamento”, destacou o presidente da entidade, Marcelo Fernandes.
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