A Justiça de Nova Odessa determinou que seja enviado para a Vara de Violência Doméstica e Familiar de Campinas o inquérito policial em que a consultora Erica Alves Roriz foi indiciada pelos crimes de calúnia, injúria, perseguição e estelionato contra o prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho. Na cidade que sedia a região metropolitana tramita um inquérito em que ela acusa o político de estupro.
Com base em um pedido da própria indiciada e num parecer do Ministério Público, a Vara Judicial de Nova Odessa onde foi iniciada a investigação foi declarada como “incompetente” para julgar o caso.
Os dois casos tramitam em sigilo, mas o Giro19 teve acesso à decisão de incompetência. A justificativa é a gravidade do crime sob apuração na Justiça campineira. “Com efeito, os fatos narrados nestes autos indicam continuidade lógica dos fatos apurados no processo de Campinas e podem, inclusive, servir como tese defensiva naquele processo, denotando a prejudicialidade da apuração separada dos feitos, indicando, assim, a existência de conexão entre os feitos. A título de exemplo, a sorte da investigação em Campinas pode indicar a ocorrência ou não da calúnia supostamente praticada e indicada nestes autos”, diz um trecho do despacho.
O caso
Contratada pela administração municipal para “captar verbas em Brasília”, Erica Roriz teve um relacionamento amoroso com Leitinho. Com o fim do namoro, teve início uma batalha de acusações entre os dois.
A consultora registrou um boletim de ocorrência, alegando ter sido estuprada por Leitinho em um hotel de Campinas. O prefeito, por sua vez, a acusou de inventar uma gravidez para extorqui-lo
Para comprovar o suposto golpe, o Chefe do Executivo apresentou à polícia prints de conversas com a consultora sobre exames e consultas e comprovantes de transferências bancárias que, segundo ele, foram feitas para auxiliar a mulher nos gastos com a gestação.
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