O Instituto Trata Brasil, em parceria com GO Associados, publicou a 16ª edição do Ranking do Saneamento com foco nos 100 municípios mais populosos do Brasil. Para produzir o ranqueamento foram levados em consideração indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, ano-base de 2022, publicado pelo Ministério das Cidades.
O ranking mostra que Campinas subiu da 21ª posição em 2023 para a 3ª em 2024, ou seja, subiu 21 posições. Piracicaba está no sentido inverso. Em 2023 ocupava a 6ª posição no ranking e, neste ano, despencou 14 e ficou em 20º lugar.
O Ranking é composto pela análise de três “dimensões” distintas do saneamento básico de cada município: “Nível de Atendimento”, “Melhoria do Atendimento” e “Nível de Eficiência”1. Assim, são avaliados os seguintes indicadores.
Veja a posição das duas cidades em cada um deles:
INDICADOR | CAMPINAS | PIRACICABA |
ATENDIMENTO DE ÁGUA | 99,69% | 1OO% |
ATENDIMENTO ESGOTO | 95,89% | 100% |
TRATAMENTO ESGOTO | 80,32% | 100% |
INVESTIMENTO TOTAL | R$ 861 MI | R$ 695 MI |
INVESTIMENTO PER CAPITA | R$ 151,24 | R$ 328,2 |
PERDAS D´ÁGUA | 20,19% | 53,96% |
PERDAS POR LIG DE ÁGUA | 144,85 | 598,1 |
Da O índice de perdas d´água é um dos principais componentes para o posicionamento do município. Nesses indicadores, Piracicaba perde mais da metade da água potável que produz em todos os quesitos em índices superiores à média nacional, de 35,4%.
No caso das perdas no faturamento, é o percentual de água produzida e não faturada, a cidade teve um percentual de 52,13%. Neste caso, quanto menor o percentual, melhor. A média nacional é de 31,79%. Dessa forma, quanto menor for a porcentagem, mais bem classificado o município deve estar.
BRASIL
Pela primeira vez na história do Ranking, três municípios alcançaram a pontuação máxima disponível e, consequentemente, a universalização do saneamento. São consideradas universalizadas as localidades que contam com 99% de sua população com acesso à água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto. O número foi estipulado pela Lei 14.026/2020, o “Novo Marco Legal do Saneamento Básico”. Por isso, os três ganharam nota máxima (10) em todos os oito indicadores contemplados nesta edição. Como critério de desempate, no entanto, considerou-se que o município com os maiores níveis de cobertura nos três indicadores da dimensão “Nível de Atendimento” (Indicador de Atendimento Total de Água, Indicador de Atendimento Total de Esgoto, e Indicador de Tratamento Total de Esgoto) deveria estar melhor classificado.