Em duas reuniões extraordinárias realizadas na sequência, na manhã desta quarta-feira (27), a Câmara Municipal de Piracicaba aprovou, em primeiro e em segundo turnos de votação, projeto do Executivo que prevê reajuste de 3,79% para o funcionalismo público municipal.

O percentual corrige os salários da categoria de acordo com a média da inflação no País no período entre março de 2023 a fevereiro de 2024. A data-base da categoria vence em 1º de março e os servidores receberão a correção retroativa ao período.

Na discussão do projeto, o vereador Zezinho Pereira (União Brasil) ironizou sobre a forma como os servidores vão gastar todo esse “volume de dinheiro”. “É lamentável esse percentual. Precisamos recuperar o salário do funcionalismo”, argumentou. O vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, colocou que o Poder Executivo está apenas cumprindo a lei, concedendo o reajuste inflacionário e não aumento real. “Mais um projeto a toque de caixa, em véspera de feriado, sem discutir com esta Casa. Sempre a alegação é que é de interesse da população e dos servidores e quando a gente sai lá fora não é. Esse percentual não é o anseio deles e nem o que merecem”, avaliou.

O vereador Paulo Campos (Podemos) também discutiu a matéria e sugeriu um estudo de impacto financeiro para que seja adequado o valor do vale-alimentação do funcionalismo. A vereadora Rai de Almeida (PT) destacou que a reposição inflacionária já havia sido garantida nas negociações da greve de 2022, mas que as reivindicações do funcionalismo, como aumento real e a revisão do valor da cesta básica não foram atendidas.

O vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) cobrou, entre as demais reivindicações da categoria, também a implantação do Plano de Carreiras do funcionalismo, em especial dos funcionários da educação.
O líder do governo, Josef Borges (PP), defendeu que o Poder Executivo precisa respeitar a regularidade fiscal das contas públicas. Citou os percentuais aplicados ao funcionalismo nos anos anteriores e que o índice total da atual administração seria superior ao concedido por outras gestões.

Na justificativa de voto, o vereador Gustavo Pompeo (Avante) esclareceu que não foi votado o aumento salarial para o funcionalismo, mas sim a reposição inflacionária. O projeto segue agora para ser sancionado pelo Poder Executivo.

Divulgação - Votação ocorreu na manhã desta quarta-feira (27)

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