A Prefeitura de Piracicaba fez contrato emergencial com empresa para a remoção de peixes mortos da região do Tanquã. Na segunda-feira (15), pescadores denunciaram a mortandade de toneladas de peixes no local. No domingo, dia 7 de julho, mortandade de grande quantidade de peixes já havia sido verificada no trecho urbano do rio Piracicaba.

De acordo com a Cetesb (Agência Ambiental do Estado de São Paulo) a causa foi o lançamento de um efluente de uma usina de Rio Pedras no Ribeirão Tijuco Preto, que chegou ao rio Piracicaba provocando a mortandade.

As imagens dos peixes mortos no Tanquã e no rio causaram comoção. O Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), do Ministério Público, instaurou inquérito e vistoriou a usina para apurar as responsabilidades civis. Ao mesmo tempo, a Cetesb prepara relatório e informa que a multa para a Usina pode chegar a R$ 50 milhões.

A mortandade de peixes afeta todo o ecossistema do Tanquã e traz prejuízo aos pescadores. Há cerca de 50 famílias que vivem da pesca naquela região, conhecida como mini pantanal paulista.

A remoção dos peixes mortos estava prevista para ser iniciada nesta quinta-feira com o uso de hidrotrator. Os peixes mortos serão retirados das águas do rio e depositados na margem, onde serão recolhidos por caminhões.

Na última quinta-feira (11) uma força-tarefa criada pela Prefeitura para limpeza do rio Piracicaba recolheu 2,97 toneladas de peixes mortos na área urbana do município. A equipe de trabalho foi composta pelas secretarias de Governo (Semgov), de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap) e de Obras e Zeladoria (Semozel), Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental, Agência PCJ, Fundação Florestal, Associação Amoporto, Instituto Beira Rio e Associação Remo Piracicaba.

Os peixes mortos foram encaminhados para a terceirizada responsável, a Piracicaba Ambiental, que fez o descarte correto, de modo a não permitir contaminação do solo ou da água.

Além disso, a Prefeitura também acionou o Ministério Público para que notifique a Prefeitura de Rio das Pedras, onde a usina está localizada. O prefeito Luciano Almeida, que atualmente é também presidente dos Comitês PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), solicitou à Cetesb, por meio de ofício, autorização para instalação de três novas estações de monitoramento, sendo nos rios Atibaia e Jaguari e no ribeirão Tijuco Preto.

Após a emissão do laudo final pela Cetesb, ficarão determinadas as punições cabíveis à usina responsável, que incluem multa gravíssima e encaminhamento para apuração de crime ambiental, além de ajustes de conduta por parte da empresa.

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Giro 19 Notícias - Peixes mortos na APA (Área de Preservação Ambiental) do Tanquã

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