A Prefeitura de Piracicaba iniciou uma megaoperação para retirar as toneladas de peixes mortos das lagoas do Tanquã, atingido pela descarga irregular de resíduos industriais no Rio Piracicaba.
Operação Pindi-Pará
A operação, nomeada "Pindi-Pará" (peixe limpo em Tupi-guarani), conta com a participação das secretarias municipais de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap), Governo, Obras e Zeladoria e Defesa Civil, com a colaboração da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e a coordenação da Polícia Militar Ambiental.
A Cetesb identificou a Usina São José, no município de Rio das Pedras, como a causadora do descarte irregular. A companhia estima que o número de peixes mortos chegue a 50 mil desde o dia 07/07.
Procedimento da retirada
A operação de retirada começou por volta das 11h desta terça-feira. A Prefeitura utiliza dois tratores aquáticos, uma embarcação de areia e máquinas pesadas, como escavadeira e retroescavadeira, para remover os peixes mortos do rio.
Os peixes são transferidos para caminhões da empresa Ambiental, terceirizada da Prefeitura, e levados para o aterro sanitário de Piracicaba para descarte correto.
Infraestrutura de apoio
A Prefeitura montou um ponto de apoio na Chácara Estrela, do pescador José Benedito Veronez, que auxilia na operação desde o início. O local conta com infraestrutura para as equipes envolvidas na retirada dos peixes.
Antecedentes
O primeiro registro de mortandade de peixes no Rio Piracicaba ocorreu no domingo (07/07). A Simap constatou irregularidades nas águas e acionou a Cetesb, que identificou o descarte irregular de resíduos industriais no ribeirão Tijuco Preto.
Na quinta-feira (11), uma força-tarefa formada pela Prefeitura realizou a limpeza das margens do Piracicaba, recolhendo 2,97 toneladas de peixes mortos.
Na segunda-feira (15), uma semana após o primeiro episódio de mortandade, a região do Tanquã foi atingida.
Tags:
Descarte irregular de resíduos | Meio Ambiente | Mortandade de Peixes | Operação Pindi-Pirá | Rio Piracicaba