A Usina São José, apontada como responsável pela mortandade de peixes no Rio Piracicaba e na APA Piracicaba-Tanquã, contesta o laudo emitido pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

Em nota, a empresa esclareceu que "segue à disposição das autoridades e não poupa esforços para colaborar plenamente com a Cetesb, a Polícia Ambiental e o Ministério Público". Em relação ao relatório  a empresa está avaliando o teor da decisão, bem como seus eventuais desdobramentos.

A Usina São José afirma que não recebeu evidências que demonstrem nexo causal entre suas operações e a mortandade de peixes registrada ao longo do Rio Piracicaba e no Tanquã. A empresa destaca os seguintes pontos:

  • O termo de vistoria ambiental da Polícia Militar Ambiental de 8 de julho conclui que não houve "apontamento de danos ambientais no ato da vistoria".
  • O mesmo documento aponta a existência de uma galeria pluvial sob a Ponte do Funil, que estaria "despejando um líquido perene com volume alto, amarelado e odor forte", a 12 quilômetros da usina.
  • O relatório da CETESB aponta lançamentos de efluentes em estações de tratamento de efluentes no Ribeirão dos Toledos, em Santa Bárbara d'Oeste, mas não aprofunda investigações a respeito.
  • As operações da usina estavam interrompidas desde 2020 e foram retomadas somente em maio de 2024.
  • A usina não produz etanol, portanto, não gera vinhaça, subproduto presente em casos anteriores de mortandade de peixes.
  • O relatório da CETESB não menciona inspeções e monitoramento em empresas que tenham sido autuadas anteriormente ou em outros trechos do rio onde possa ter havido despejos irregulares.
  • O prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida, mencionou que a baixa vazão de água pelo Sistema Cantareira e o despejo irregular de esgoto pelos municípios podem ser agravantes do problema.

 

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Giro 19 Notícias - Usina foi apontada como responsável pela mortandade de peixes no rio Piracicaba e no Tanquã

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