A Justiça de Piracicaba aceitou a denúncia feita pelo Gaeco (Grupo de Ação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de Piracicaba e tornou réus seis suspeitos por dois homicídios decorrentes da disputa de pontos de jogos de azar. A decisão incluiu acusações de organização criminosa e exploração de jogos de azar. Os réus estão presos preventivamente.

Investigação:

O Ministério Público apresentou a denúncia contra os integrantes da organização criminosa, que já havia sido investigada anteriormente por exploração de jogos de azar, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro. Em 2017, a organização foi alvo de uma operação que resultou na prisão de dois líderes locais, abrindo espaço para um grupo concorrente. Com a soltura dos líderes, uma disputa violenta pelos pontos de jogos teve início.

Homicídios:

A primeira vítima, Wilson Roberto Casale, foi assassinada em 26 de maio de 2018, dentro de seu estabelecimento comercial. Seu filho, Felipe Roberto Casale, deu continuidade aos jogos e foi executado em 15 de março de 2024 em via pública. A denúncia do Ministério Público identificou os mandantes dos homicídios, seus intermediários e um envolvido na execução dos crimes.

Organização Criminosa:

A investigação revelou a conexão da organização criminosa com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), que atuava em conjunto na cobrança e execução de crimes de mando. Os réus foram denunciados por organização criminosa, homicídios duplamente qualificados e exploração de jogos de azar.

Prisão Preventiva:

O Ministério Público também solicitou a conversão das prisões temporárias em preventivas, argumentando que a liberdade provisória dos denunciados, concedida desde 2017, facilitou a ocorrência dos homicídios e que a prisão é essencial para prevenir novos crimes.

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