MP denuncia 17 por crimes conhecidos como 'domínio de cidade' e 'novo cangaço'

Promotores que assinam a denúncia requerem que a Justiça condene os denunciados por formação de organização criminosa e lavagem de capitais

Por Da Redação

Mandados de busca e apreensão e de prisão foram cumpridos em maio pelo MP, Polícia Federal, Baep e Força Tática

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público denunciou 17 pessoas envolvidas na Operação Baal, deflagrada em 21 de maio de 2023. A investigação identificou uma organização criminosa especializada em roubos nas modalidades "domínio de cidade" e "novo cangaço".

Os criminosos planejavam e executavam roubos com o objetivo de causar terror social, impedindo a ação do poder público. A investigação revelou que a organização era financiada por integrantes do PCC, que também atuam no tráfico de drogas e na lavagem de capitais.

Na operação de maio, foram cumpridos 13 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão em Piracicaba, São Paulo, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Mairinque, Buri/SP, Xique-Xique/BA, Timon/MA e Corrente/PI.

A investigação teve início após uma tentativa de roubo a uma base de valores em Confresa (MT) em abril de 2023. Um dos criminosos presos na ocasião residia em São Paulo e integrava o PCC.

Durante a investigação, os promotores descobriram que os principais fornecedores das armas e munições utilizadas pela organização eram CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

Os cinco promotores que assinam a denúncia requerem que a Justiça condene os denunciados por formação de organização criminosa e lavagem de capitais, além de impor a cada um deles o pagamento de indenização por danos morais à coletividade no valor de R$ 5 milhões.

A operação contou com o apoio operacional da ROTA, da 10ª Companhia de Força Tática e do 10º BAEP da Polícia Militar de São Paulo.