O Tribunal do Júri de Piracicaba condenou o réu Anderson Arruda Fortunato a uma pena total de 90 anos e 8 meses de reclusão por uma série de crimes, incluindo homicídio, tentativa de homicídio e ocultação de cadáver. Os crimes foram brutais. "Sua conduta extrapola em muito o limite da conduta, utilizou-se de vários mecanismos para conseguir seu intento, levando as vítimas em locais ermos, cavando covas
rasas antes do ocorrido, sabendo que para ali seriam levadas e mortas", traz a sentença. Os crimes ocorreram em junho de 2018, no bairro Guamium.
De acordo com a sentença, Fortunato e um comparsa praticaram os crimes de forma premeditada e com motivos torpes. A acusação alegou que eles agiram por dívida relacionada ao tráfico de drogas e mataram com disparos de arma de fogo Rafael Martins da Silva, Thiago Bernardinelli e Bamuriel Mandro Tobias. Além disso, tentaram matar outras quatro pessoas. Durante o julgamento, as vítimas relataram ter sido levadas a locais isolados, onde foram ameaçadas e subjugadas, sem possibilidade de defesa.
O Tribunal, ao avaliar as provas e testemunhos, reconheceu a materialidade e a autoria delitiva. A maioria dos jurados acolheu as qualificadoras sustentadas pela acusação, incluindo o recurso que dificultou a defesa das vítimas e o motivo torpe para os crimes.
Além dos homicídios, Fortunato foi condenado por ocultação de cadáver e corrupção de menores, uma vez que um dos envolvidos no caso era adolescente à época dos crimes. O juiz responsável pela sentença levou em conta os antecedentes criminais de Fortunato, que já cumpria pena em regime fechado por outros delitos. A decisão estabeleceu que a pena de homicídio seria fixada em 20 anos de reclusão, considerando as agravantes. Para os crimes de tentativa de homicídio, as penas variaram de 6 anos e 8 meses a 13 anos e 4 meses, dependendo da gravidade das lesões. A execução das penas será em regime fechado.
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