A Associação dos Motoristas de Aplicativos de Piracicaba (AMAP) divulgou uma nota de repúdio contra a instalação de novos radares na cidade, que começaram a operar em 120 faixas de rolamento em 10 de dezembro do ano passado.
A AMAP critica a medida, alegando que ela tem caráter arrecadatório e não foi precedida por melhorias na sinalização viária nem por campanhas educativas eficazes. A associação questiona a instalação massiva dos equipamentos sem um planejamento que leve em conta as dificuldades enfrentadas pelos motoristas profissionais, que dependem da mobilidade para garantir seu sustento.
Outro ponto criticado pela AMAP é o tempo reduzido da luz amarela dos semáforos, que, segundo a entidade, é insuficiente para que os motoristas desacelerem com segurança, podendo resultar em multas injustas e aumentar o risco de acidentes. A Resolução nº 973/2022 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece que o tempo mínimo da luz amarela deve ser de três segundos e pode chegar a cinco, dependendo das condições da via. A associação acusa a prefeitura de descumprir essa norma, colocando em risco motoristas e pedestres.
A AMAP também critica a falta de transparência na escolha dos locais onde os radares foram instalados. Segundo a entidade, a prefeitura não apresentou critérios técnicos claros para a definição dos pontos de fiscalização nem abriu um canal de diálogo com os motoristas, que estariam entre os mais impactados pelas mudanças.
Diante desse cenário, a associação cobra da administração municipal as seguintes medidas:
- Ajuste imediato do tempo da luz amarela dos semáforos, conforme as diretrizes do Contran;
- Divulgação oficial da lista completa dos radares instalados, com sinalização visível em todos os pontos
- Transparência sobre os critérios adotados para a escolha dos locais de fiscalização;
- Criação de um canal de diálogo entre a prefeitura e os motoristas;
- Implementação de campanhas educativas voltadas para motoristas e pedestres
A AMAP afirma que, caso as reivindicações não sejam atendidas, não descarta a possibilidade de mobilizações e medidas judiciais para garantir que os direitos dos motoristas sejam respeitados e que a fiscalização de trânsito ocorra de forma justa e transparente.
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