O comandante do CPI-9 (Comando de Policiamento do Interior), tenente-coronel Cleotheos Sabino de Souza Filho, se manifestou em vídeo sobre a morte de Gabriel Júnior de Oliveira Alves da Silva, de 22 anos, ocorrida durante uma abordagem policial na noite de 1º de abril, em Piracicaba. Silva foi atingido na cabeça por um disparo efetuado por um policial militar e não resistiu ao ferimento.

Segundo o comandante, a Polícia Militar está comprometida em apurar todas as circunstâncias da ação, mas ele ressaltou que a atuação dos policiais está inserida no contexto da atividade ostensiva e preventiva da corporação.

“Antes de mais nada, quero ressaltar o compromisso da Polícia Militar em apurar todas as circunstâncias em que se deram os acontecimentos. A abordagem policial tem como objetivo garantir a ordem pública, prevenir crimes, proteger a integridade das pessoas e do patrimônio, além de localizar e prender infratores”, afirmou o oficial da PM.

O tenente-coronel destacou que o uso da força, quando necessário, deve ser compreendido dentro da lógica do risco enfrentado pelos policiais durante suas ações. “A partir do momento em que o cidadão descumpre uma ordem legal e tenta agredir o policial, ele está colocando em risco sua vida e a do policial militar. O policial não sai de casa para apanhar na rua e muito menos para perder a sua vida. O policial militar é treinado para avaliar as circunstâncias e voltar vivo para casa”, disse.

Sabino também reforçou que respeitar a autoridade policial é essencial para a manutenção da ordem. “ Toda agressão ao policial em serviço deve ser encarada como um atentado à sua vida. O cidadão deve respeitar o policial para ser respeitado. Reforço aqui o meu compromisso com a legalidade e com a justiça das ações policiais sob meu comando.”

A morte, no entanto, gerou forte repercussão nas redes sociais. Vídeos gravados por testemunhas mostram o jovem sendo atingido após tentar defender a esposa, Rebeca Mirian Alves Braga, que também reagia à abordagem dos PMs.

De acordo com o boletim de ocorrência, Gabriel resistiu à abordagem, portava um “volume suspeito” na cintura e ameaçou os policiais com uma pedra. Ele foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado ao Hospital dos Fornecedores de Cana, mas não resistiu.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública classificou a conduta dos policiais envolvidos como “inaceitável” e contrária aos protocolos operacionais e valores da corporação. Os agentes foram afastados das atividades operacionais e poderão responder criminal, administrativa e disciplinarmente.

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Justiça | Polícia militar

Reprodução redes sociais - Caso ocorreu no dia 1º de abril em Piracicaba

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