TJ nega Habeas Corpus a ex-secretário acusado de corrupção

Wellington da Farmácia segue como réu em ação que apura pedido de propina para aprovação de empreendimentos

Por Da Redação

Defesa de Wellington da Farmácia não conseguiu anular processo no TJ

O Tribunal de Justiça de São Paulo negou nesta quarta-feira (27) um Habeas Corpus apresentado pela defesa do ex-secretário de Planejamento de Sumaré Wellington Domingos Pereira, o Wellington da Farmácia. Sob a alegação de irregularidades na investigação, ele pedia o trancamento de uma ação em que o político é acusado de exigir propina para a aprovação de empreendimentos imobiliários.

O recurso foi negado por unanimidade pela 7ª Câmara de Direito Criminal da Corte. Com a decisão, a Justiça de Sumaré está liberada para seguir com a instrução do caso, com o depoimento testemunhas e coleta de documentos.

Segundo o Ministério Público, Wellington teria exigido “vantagens indevidas” para a liberação de alvarás a dois empresários do ramo da construção civil. A primeira exigência teria sido a de repasse de imóveis nesses empreendimentos. Em seguida, segundo a acusação, o ex-secretário teria pedido pagamentos mensais em dinheiro.

Parte das negociações foi registrada por agentes do próprio MP e da Polícia Militar. No ano passado, Wellington da Farmácia foi alvo de mandados de busca e apreensão, autorizados pela Justiça.

Ilegal

A defesa do ex-secretário sustenta que as provas obtidas contra ele são ilícitas. O advogado Ralph Tortima Stettinger Filho questiona, por exemplo, a falta de juntada ao processo da denúncia anônima que teria dado início às investigações, além da falta de comprovação de pedidos formais de diligências à PM.

Ao Giro19, o advogado disse que vai aguardar a publicação do acórdão para decidir se vai recorrer da decisão dos desembargadores. “O entendimento do tribunal é de que, muito embora possam haver situações que ensejam nulidades, o momento é prematuro para avaliação. Vamos aguardar a publicação do acórdão e refletir em torno de recorrer ou não”, disse Tortima.