Rodoviária de Osasco tem problemas enquanto promessa de reforma se arrasta há anos
Os moradores de Osasco, na Grande São Paulo, ainda aguardam a reforma do Terminal Rodoviário Alfredo Tomaz, localizado na Rua Erasmo Braga, 1500, no bairro Presidente Altino. No final de fevereiro, o prefeito Rogério Lins (Podemos) anunciou nas redes sociais que a reforma teria início em 70 dias. Quatro meses depois, a situação segue a mesma.
Ainda em fevereiro, a Câmara Municipal de Osasco aprovou a alteração na Lei Nº 4056, de 13 de julho de 2006 que dispõe sobre a concessão dos serviços de administração, operação, manutenção e exploração comercial da rodoviária e dos terminais rodoviários.
Com a mudança, o prazo de concessão do serviço à empresa privada passou de 5 para até 30 anos. A obra ainda não teve início e, segundo nota enviada pela assessoria de imprensa da prefeitura, está em fase de licitação.
A promessa de começar a restauração não foi a primeira da gestão municipal. Em outubro do ano passado, Lins anunciou que o projeto executivo de reforma do local estava concluído e que a previsão de início das obras era em janeiro de 2024.
“Nossa cidade precisava de uma rodoviária mais moderna para melhor atender nossos munícipes e visitantes. Poderíamos começar as obras em 60 dias, mas isso coincidiria com as festas de fim de ano, então decidimos iniciar em janeiro”, disse.
Falhas na estrutura
A promessa de reforma foi feita por conta da atual situação da estrutura. Na sala de espera, há algumas cadeiras faltantes e quebradas. Usuários do serviço reclamam das condições de limpeza, falta de sinalização e organização no momento do embarque e desembarque, baixa iluminação na área de fora da plataforma e mais.
João Marcelo Carreira, 52, conta ter usado a rodoviária no final de fevereiro deste ano quando retornou para Osasco depois de uma viagem para Presidente Prudente, no interior de São Paulo.
‘Achei o espaço totalmente inadequado, os ônibus precisam fazer manobras para encostar nas plataformas. O entorno é completamente abandonado’
João Marcelo, morador do bairro Quitaúna
Na área das plataformas de embarque há um corredor estreito onde a entrada e saída dos ônibus acontecem pelo mesmo trecho. Não passam dois ao mesmo tempo e é preciso que o motorista tenha que manobrar para dar passagem ao outro.
Moradora de Barueri, cidade da Grande São Paulo, Cristina Marques, 37, costuma utilizar a rodoviária três vezes por ano por estar mais próxima de onde mora.
“Na hora do embarque até que agora está legal porque anunciam. Mas ali na parte da plataforma falta comunicação de onde vai esperar ou não. A pessoa se perde, fica correndo, o ônibus já está saindo”, analisa a vendedora que também reclama das condições dos sanitários.
Agência Mural.