Transparência no São João: Painel revela cachês dos artistas em Pernambuco

Por Marco Zero Conteúdo

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entregou o Selo Transparência Festejos Juninos 2024 às prefeituras e setores do governo estadual que colaboraram voluntariamente com informações sobre contratações artísticas do período. O evento, organizado em parceria com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) e a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), aconteceu na semana passada.

É importante destacar que o selo não avalia a legalidade dos contratos, mas sim a iniciativa de disponibilizar as informações de forma transparente. Todos os 184 municípios e o Distrito de Fernando de Noronha colaboraram com o painel, assim como a Empresa de Turismo (Empetur) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), do governo estadual.

Confira aqui o Painel de Transparência dos Festejos Juninos 

Os dados, repassados ao painel pelos gestores, apontam 5.275 apresentações e 2.656 artistas contratados, com um total de R$ 203,2 milhões aplicados.

Pela plataforma do MPPE, é possível saber quais atrações foram contratadas pelos órgãos, quanto foi pago e a data dos shows. A dupla sertaneja Henrique & Juliano foi quem recebeu o maior cachê do São João em Pernambuco: 1,5 milhão para uma apresentação em Caruaru, no dia oito de junho. 

Wesley Safadão e a estrela baiana Ivete Sangalo ficam empatados com o segundo maior cachê, de R$ 900 mil. Mas Wesley Safadão fez dois shows no estado (Petrolina e Santa Cruz do Capibaribe) e Ivete apenas um, em Caruaru. O terceiro maior cachê, de R$ 800 mil, é da dupla sertaneja Jorge & Mateus, que cantou em Petrolina.

Os cachês mais baixos são dos artistas locais e da cultura popular. Oziel e sua boneca Rita recebeu apenas R$ 133 por cada uma das dez apresentações que fez em Limoeiro.

A plataforma mostra que Caruaru foi o município que mais gastou com os festejos juninos, com investimentos de R$ 29,28 milhões. Em seguida, vem Petrolina com R$ 15,29 milhões e o Recife, com R$ 9,5 milhões.

O trabalho para criação do painel foi coordenado pelo Centro de Apoio Operacional em Defesa do Patrimônio Público e Terceiro Setor do MPPE. De acordo com o promotor de Justiça Hodir Flávio Guerra Leitão de Melo, coordenador do CAO Patrimônio Público, a intenção é manter o painel nos próximos anos e criar a versão para outras festas populares, como o Carnaval.

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