No último dia 13 de dezembro ocorreu em Apiaí, o 1º Fórum Regional de Artesanato e Inclusão Produtiva do Alto Vale do Ribeira. Realizado pelo Sebrae-SP, o evento reuniu autoridades, artesãos e comunidade durante cinco horas de muita imersão em aprendizado e network entre plateia e convidados.

A mesa foi composta pelo prefeito de Apiaí, Sergio Borges; pelo prefeito de Itaóca, Antonio Carlos Trannin; pela coordenadora de operações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e representante da Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco), Mariana Rodrigues; pela gerente regional do Sebrae Vale do Ribeira, Michelle Raimundo e pelo anfitrião e gerente regional do Sebrae Sudoeste Paulista, Wilson Borges.

Todos fizeram uso da palavra e disseram aos presentes a importância de eventos como este, os quais fomentam a cultura e o artesanato da região, valorizando e colocando em evidência o trabalho minucioso desses profissionais.

Em seguida, Cleide Toledo, presidente da Federação dos Artesãos Profissionais do Estado de São Paulo (FEAPESP), Márcia Cristina e Aparecido Machado, presidente e vice-presidente da Associação dos Artesãos do Alto Vale, abriram os trabalhos com o tema ‘Artesanato’, fazendo um apanhado sobre o surgimento e a relevância desse tipo de arte para a sociedade e para a região.

Na sequência, o analista de negócios do Sebrae Registro, Carlos Alberto Pereira Junior, ministrou palestra sobre ‘Economia criativa e as potências do Vale do Ribeira’, seguido por Mariana Rodrigues, que falou sobre a importância da Sutaco e da formalização dos artesãos.

Para explanar sobre o difícil caminho percorrido até o sucesso de seu empreendimento, Diná e Jaqueline Looze, mãe e filha, contaram um pouco de suas histórias e de como tudo começou até que criassem a marca Arte Looze, hoje reconhecida em toda a região.

Um dos momentos mais esperados foi o painel ‘Inclusão Produtiva’, que contou com a participação de Renata Ribas, primeira-dama de Apiaí; Regina Célia Garcia, primeira-dama e presidente do Fundo Social de Itaoca; Raíssa Kill, coordenadora de inclusão produtiva do Sebrae-SP; Marilza Martinez, presidente do Fundo Social de Apiaí; Danila Gonçalves, diretora do Fundo Social de Itaoca e Letícia Marques, analista de negócios do Sebrae-SP, as quais juntas reforçaram o papel dos artesãos no Alto Vale, bem como a imprescindível e fundamental presença da mulher empreendedora para a economia das cidades e para o sustento de seus lares.

Bernardo Ignarra, gestor estadual de Turismo e Artesanato do Sebrae-SP fundamentou sobre a importância de se fomentar o turismo no Alto Vale do Ribeira e sobre como os municípios devem se preparar estruturalmente e profissionalmente para absorver a demanda do setor, que está em franca expansão.

Wilson Borges aproveitou o gancho e discorreu sobre os projetos do Sebrae-SP em 2025 para o desenvolvimento da cadeia produtiva do Alto Vale, que envolvem workshops, capacitações coletivas, consultorias, curadorias, encontros, feiras, eventos e missões técnicas.

O fórum foi finalizado com chave de ouro durante a entrega de 53 carteiras profissionais aos artesãos de Apiaí e Itaóca, que deixaram a informalidade e agora podem participar de grandes feiras de artesanatos, eventos nacionais e conseguir crédito e benefícios para promover seus negócios.

“Realizamos este evento para promovermos as atividades empreendedoras para aquele que sonha, através do artesanato, gerar renda para a sua família e construir o seu negócio. É muito difícil falarmos de turismo, falarmos de Brasil se não falarmos de artesanato. Nosso Alto Vale é uma potência, mas precisamos ainda trabalhar a união dos artesãos, potencializarmos o produto e o acesso desses artesãos a mercados para que as pessoas possam valorizar a arte que está sendo produzida aqui e consiga, de fato, empreender e construir um legado para quem vem depois e se inspire para continuar fazendo isso”, comentou Wilson Borges.

Após o evento, todos foram convidados a participar da inauguração da Feira Municipal do Artesanato, montada ao lado do ginásio, onde os artesãos, agora formalizados, puderam expor e comercializar seus trabalhos à comunidade, que também pôde assistir apresentações de danças típicas e provar a gastronomia local.

Para a artesã, Patrícia Rodrigues Carvalho este foi um momento histórico para a classe. “Vejo como muito bom tudo isso que está acontecendo. As pessoas hoje têm visto o artesanato com outros olhos. Tenho clientes em Santa Catarina, já mandei produtos para a Espanha, onde eu tenho parentes e está sendo tudo muito gratificante. Esta é a minha primeira feira e agradeço muito ao Sebrae-SP, que tem nos ajudado com orientações referentes a valores de produtos, a como comercializar e nos ajudou a nos formalizar”, explicou.

“A formalização é muito importante, porque é uma forma de reconhecimento daquilo que fazemos diariamente. É o nosso trabalho, assim como todo profissional quer ser valorizado naquilo que ele faz, o artesão também. Eu acredito que passo a passo estamos conseguindo ganhar o mundo. O que aconteceu hoje foi um grande avanço, há bem pouco tempo não imaginávamos que hoje estaríamos recebendo um fórum do artesanato aqui no Alto Vale. O Sebrae-SP tem sido fundamental em nossa formalização, capacitação no incentivo de venda, marketing e na valorização do próprio artesanato ao ensinar-nos a precificar, por exemplo”, frisou a artesã Jaqueline Looze.

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Agência Sebrae - 1º Fórum Regional de Artesanato e Inclusão Produtiva valoriza profissionais do Alto Vale do Ribeira