Comissão aprova criação de programa nacional de incentivo à produção de abacaxi

Por Agência Câmara

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2389/24, que institui o Programa Nacional de Incentivo e Comercialização do Abacaxi.

O relator, deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), recomendou a aprovação do texto. “O abacaxi é uma das frutas mais consumidas no Brasil e tem relevância econômica, em especial para os produtores familiares e médios”, avaliou ele.

A proposta aprovada tem o objetivo de estimular a cadeia produtiva do setor. Assim, entre outros pontos, o programa nacional deverá contemplar:

  • a ampliação da produção e do processamento do abacaxi, inclusive com o fomento ao associativismo;
  • a difusão de técnicas, tecnologias e meios de produção que melhorem as condições de trabalho, renda e qualidade de vida dos produtores, bem como o aperfeiçoamento da mão de obra;
  • a promoção do acesso à educação financeira, assistência técnica e a um sistema diferenciado de garantias para produtores;
  • o desenvolvimento econômico e social sustentável dos estados e dos municípios produtores; e
  • a pesquisa e o desenvolvimento econômico, tecnológico e sustentável do setor.

Linha de crédito
O programa nacional deverá contemplar ainda linhas de crédito específicas, com recursos do Orçamento da União, e parcerias entre entidades públicas e privadas, nos níveis federal, estadual e municipal. Deverá haver regulamentação posterior.

Números da produção
“Esse programa será fundamental para o fortalecimento da cadeia produtiva do abacaxi, por meio das melhores práticas, da inovação tecnológica e da gestão sustentável”, afirmou o autor da proposta, deputado Raimundo Santos (PSD-PA).

Segundo ele, o Brasil é o quarto maior produtor global de abacaxi, exportando para 17 países. No campo, são 74 mil pessoas envolvidas. Pará, Paraíba, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Tocantins e Pernambuco lideram a produção nacional.

Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.