Uma loja de autopeças de Campinas foi condenada pela Justiça do Trabalho a indenizar em R$ 5 mil uma vendedora que foi vítima de intolerância religiosa. Segundo o processo, ela era chamada de "capeta" por um gerente por usar, no ambiente de trabalho, um amuleto da Umbanda. 

Também foi relatado o fato de que era motivo de comentários ela ser uma "mulher de terreiro". Houve ainda descrições de ofensas, como o fato de o gerente chamar a vendedora de “burra” e uma testemunha relatou ter visto a vendedora, após ato hostil, vomitando no banheiro, com pressão baixa, o que a teria levado para o hospital.

"É possível constatar que a trabalhadora passou por situações vexatórias de constrangimento no ambiente de labor, inclusive por força de sua crença religiosa. Os fatos narrados demonstram que houve, efetivamente, procedimento inadequado por parte da empresa", afirmou a juíza do trabalho Karine Vaz de Melo Mattos Abreu.

A magistrada também destacou que a conduta da autopeças transbordou os limites do poder diretivo do empregador, acarretando mácula à imagem profissional, honra e autoestima da empregada.

A empresa ainda pode recorrer da decisão.

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Divulgação/TRT-15 - Por uso de amuleto, trabalhadora era chamada de capeta pelo gerente

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